Vivemos num
mundo rodeado por correrias e mais correrias. Não temos tempo para mais nada. Mas, afinal, o
que é tempo?
Tempo
não se define. É uma noção muito antiga na mente humana, que pode ser assim
explicada: tempo é a medida da duração de um evento. Feche seus olhos por
alguns instantes. Abra-os, então, enquanto conta "um, dois, três".
Feche-os novamente. Que notou você enquanto seus olhos estavam abertos? Se você
estiver numa sala comum, pouca coisa terá acontecido. Nada pareceu sofrer
modificação.
Mas, se você estivesse estado sentado durante
algumas horas em um banco da Praça da Bandeira de Campina Grande, mantendo os
olhos abertos, veria pessoas indo e vindo, apressadas, correndo contra o tempo.
O que aconteceu na praça parece depender do intervalo de tempo durante o qual
você observa. Olhe durante um ano, e a planta em seu vaso vai crescer, florir e
murchar.
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Para cada
civilização e cultura, há uma noção de tempo, cíclico ou linear, presentificado
ou projetado para o futuro, estático ou dinâmico, lento ou acelerado, forma de apreensão
do real e do relacionamento do indivíduo com o conjunto de seus semelhantes,
ponto de partida para a compreensão da relação Homem – Natureza e Homem –
Sociedade na perspectiva ocidental.
Tempo é palavra de muitos significados, e em
alguns deles empregado como sinônimo de passado, ciclos, duração, eras, fases,
momentos ou mesmo história, o que contribui para o obscurecimento das
discussões teóricas sobre ele.
CuRiÓ
Os gregos antigos tinham duas palavras para o tempo: chronos e kairós.
Enquanto o primeiro refere-se ao tempo cronológico (ou sequencial) que pode ser medido, esse último significa "o momento certo" ou "oportuno": um momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece.
Em teologia kairós descreve a forma qualitativa do tempo (o "tempo de Deus"), enquanto chronos é de natureza quantitativa (o "tempo dos homens").
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